O CÂNON DAS SAGRADAS ESCRITURAS
A palavra Canon
significa “uma lei ou regra em geral. Os livros das Sagradas Escrituras, de um
modo geral, são chamados o sagrado Cânon ou regra comum da moral e dos
devedores religiosos, dada pela inspiração” (Dicionário de Webster).
O cânon do Velho
Testamento, como comprovado por Cristo, dividia-se em três partes: A lei de
Moisés, os Profetas e os Salmos (Luc.
24:44). A lei de Moisés compreende os cinco primeiros livros do Velho
Testamento; os Profetas são todos os escritos advindos através de mensageiros
guiados e inspirados por Deus, cujos escritos trazem os seus nomes. Os Salmos
são os agiógrafos ou Ketubim. O cânon destas três divisões do Velho Testamento,
contendo 39 livros, foi agrupado pelos judeus, até os dias de Cristo, como
segue:
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Genesis
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Êxodo
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(Torah)
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Levítico
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Números
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Deuteronômio
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Josué
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A
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Juízes
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I e II Samuel
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I e II Reis
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Isaías
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( I )
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Jeremias
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Ezequiel
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Oséias
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II -
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Joel
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Amós
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B
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Naum
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Sofonias
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( II )
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Zacarias
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Obadias
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Jonas
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Miquéias
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Habacuque
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Ageu
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Malaquias
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Salmos
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Provérbios
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Jó
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Cantares
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Hagiógrafos
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Rute
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III -
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ou
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Lamentações
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Kotubim
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Eclesiastes
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Ester
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Daniel
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Esdras (incluso
Neemias)
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Crônicas
(combinadas)
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É da mais alta
importância notarmos que apenas estes livros eram reconhecidos pelos Judeus
como enfeixando o sagrado cânon do Velho Testamento, até aos dias de Cristo e
que Jesus mesmo não reconheceu outros. O cânon do Novo Testamento compreende
todos os livros como conhecemos hoje.
OS LIVROS APÓCRIFOS
Os livros denominados
“apócrifos”, encontrados na Bíblia chamada Vulgata, edição católica, não
pertencem ao sagrado cânon dos hebreus donde nos vem a Bíblia. Para que
pudessem pertencer ao divino cânon, urgia que fossem inspirados, como os outros
o foram, através de homens chamados por Deus e designados por Seu Espírito. O
termo “apócrifo” já por si significa – não autêntico – não indicando por isso
mesmo inspiração.
Os livros apócrifos
foram incluídos na Septuaginta, e dela levados para a antiga Versão Latina, à
Vulgata e à Versão de Douay. Estes livros são sete: Tobias, Judite, Sabedoria,
Eclesiástico , Profecia de Baruque, I
Macabeus, II Macabeus e mais as adições aos livros de Ester e de Daniel.
Os sete livro
apócrifos contidos na Vulgata apresentam-se sem autor, o que não seria o caso
se fossem inspirados do céu. Também a leitura deles indica não terem sido
inspirados, havendo até porções que contradizem as mensagens dos livros
autênticos e inspirados. Os judeus os rejeitaram e não os inseriram no cânon
sagrado. É digno de menção que nenhum dos profetas verdadeiros fizeram qualquer
menção dos livros apócrifos. Cristo jamais se referiu a eles, e os apóstolos e
a igreja apostólica os desconheceram totalmente.
Justino, o mártir,
Origenes, Jerônimo e S. Agostinho aprovaram o cânon judaico sem os apócrifos.
Wiclife afirmou não terem “autoridade de credo” e Lutero declarou “ não serem
iguais as Escrituras”.
A Assembleia de
Teólogos de Westminster em 1643, excluiu os livros apócrifos. Em 1643, o Dr.
Lightfoot, na Câmara dos Comuns, referiu-se aos “desprezíveis apócrifos”, como
“remendos de invenção humana”.
Além de tudo, falta
nos apócrifos o elemento profético. Josefo sustém (Ap. 1:8) que o ensino exato, fiel e preciso dos
profetas foi interrompido depois do fecho do V. Testamento. Desde Malaquias (cêrca
de 400 a.C) até João Batista, nenhum profeta foi levantado por Deus. O próprio
primeiro livro dos Macabeus fala na ausência de profetas ( I Macabeus 4:46). E notem-se certos maus ensinos dos livros
apócrifos:
Tobias 6;8-8,
autoriza o charlatanismo; II
Macabeus 12:44-45. Recomenda ofertas
e orações pelos pecados dos mortos, Judite 9:9 -10, especialmente, propugna e justifica o engano;
Sabedoria 8:19-20, ensina a
reencarnação. E há outras contraditórias declarações. O valor dos
apócrifos, portanto, como fonte de verdade e edificação espiritual, é nulo, e devem
ser rejeitados como nocivos à fé e aos costumes do são cristianismo.
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